terça-feira, 13 de março de 2012

" PARABÉNS ARACAJU PELOS SEUS 157 ANOS DE HISTÓRIA "
Logo após o descobrimento do Brasil em 1500, algumas áreas da nova colônia de Portugal encontravam-se em estado de guerra devido ás divergências culurais entre índios, negros escravos e os invasores de outros países da Europa. Um desses territórios de conflito situava-se no nordeste brasileiro entre os rios Real e São Francisco. A necessidade de conquista-lo e acabar com as brigas entre índios, franceses e negros, que não aceitavam o domínio português, era de extrema urgência para o trono, pois manter a ordem era uma questão de segurança, além de se tratar de um ponto estratégico, pois o território estava localizado exatamente no meio de dois grandes pólos, as capitanias de Pernambuco e Bahia. Um dos últimos do Brasil a se encontrar neste estágio, o território de Sergipe Del Rei foi uma espécie de zona franca muambeira onde os piratas franceses, que entravam pelas barras dos rios Sergipe, Real e Vaza-Barris (também conhecido como Ipiranga) faziam a festa com o comércio clandestino entre índios da região. O local onde se encontra o município de Aracaju era a residência oficial do temível e cruel cacique Serigy, que segundo Clodomir Silva no "Álbum de Sergipe", de 1922, dominava das margens do rio Sergipe às margens do rio Vaza-Barris. O aviso dos navegantes. Os navegantes costeiros daquela época subiam a costa brasileira fazendo anotações nos diários de navegação, mesmo quando costeavam o litoral norte da Bahia, conhecida por não possuir bons ancoradouros. Passada a barra do rio Real e até depois da barra do rio São Francisco, uma estranha amnésia coletiva impediu que eles fizessem anotações. Entre as duas barras estendiam-se cerca de 170 km de costa - uma costa cega, no jargão marítimo, pois não havia sombra de nenhum vilarejo. Atrás da costa se alongavam as "ferozes terras sergipanas". A beleza da costa impressionava tanto que, diz o lenda, os navegadores apenas escreviam frases como "não há depois do céu mais formosura". Isto talvez explique a misteriosa falta de anotações marítimas. Lendas à parte, o litoral sergipano realmente se destaca dos demais no nordeste brasileiro, por possuir características peculiares, como ausência de recifes e pedras, estuários e a foz de vários rios que desembocam no mar transformando o encontro das águas num espetáculo ímpar. Território difícil.
A primeira tentativa de dominar a região foi em 1575. Durante o governo de Luiz de Brito de Almeida, padres jesuítas da Cia, de Jesus iam tentando catequizar e pacificar os índios. O intrépido padre Gaspar Lourenço fundou várias missões em Sergipe sem, contudo, ir além das margens do Vaza Barris. No início os índios aceitaram a catequese, mas depois resistiram, malogrando, desta forma, a primeira tentativa da conquista de Sergipe. Em 1588, autorizado pelo rei de Portugal, Francisco Giraldes, nomeado Governador Geral do Brasil, determinou uma guerra pra resolver o problema no território de Sergipe, mas morreu antes mesmo de chegar ao Brasil, sem assumir o governo nem iniciar a guerra. Enquanto isso... em Sergipe Del Rei as desavenças continuam... Os franceses se divertem... e Serigy reina absoluto nas belas terras. Cristóvão de Barros é designado como sucessor e em 1589 promove a guerra tão sonhada pelo trono português, expulsando os franceses, aprisionando os negros da Guiné que fugiram da 8ahia e acabando com o reinado de Serigy. A sangrenta guerra promovida por Cristóvão de Barros foi um divisor de águas entre a pré-história de Sergipe e sua verdadeira história, onde não faltam demonstrações de força, coragem e dignidade de um povo heróico, brado e retumbante.
Poucos anos depois da guerra, quando as coisas já haviam se acalmado nas terras sergipanas, Cristóvão de Barros funda a cidade de São Cristóvão. Alguns historiadores acreditam que o nome é em homenagem a um amigo homônimo, Cristóvão de Almeida, um oleiro que viveu 128 anos, mas há uma possibilidade bastante evidente de marketing pessoal. Após a guerra, algumas edificações foram erguidas, além do pequeno forte e do paiol que já existiam. Em 1596 a terra começa a ser distribuída através das Cartas de Sesmaria e a Quarta cidade fundada no Brasil começa aos poucos a prosperar. As principais atividades econômicas giravam em torna da extração do pau-brasil, cultivo da cana-de-açúcar e criação de bovinos. Outros povoados vão se erguendo ao longo do fértil Vale do Cotinguiba. O crescimento do Vale e a prosperidade em outros extremos do território sergipano evoluíram e quase três séculos depois a região chegará a um impasse - como escoar toda a produção ? Aracaju - uma cidade que já nasceu capital. A província de Sergipe crescia em produtividade mas não conseguia dar vazão a toda produção. A criação de um porto no Vale do Cotinguiba (atualmente Rio Sergipe), seria a opção mais racional. Em 1832 começam os pensamentos de mudança. Sebastião Gaspar de Almeida Boto propôs ao conselho a transferência da capital para Laranjeiras. Em 1835 Inácio Barbosa, presidente da província, retoma o assunto, mas com outra preferência.
O porto de São Cristóvão escoava duas mil sacas de açúcar enquanto pela Barra do rio Sergipe saiam 25 mil sacas oriundas da região do Vale. Era uma questão bastante delicada a construção do novo porto, pois a transferência da capital seria inevitável e muitas figuras ilustres de São Cristóvão não tinham o menor interesse em ver as terras desvalorizadas. Estamos na primeira metade do século XIX. Outros motivos para a mudança. São Cristóvão já apresentava traços de decadência. Muitas ruas sem calçamento, estreitas e tortuosas. Havia poucos prédios públicos, o comércio era modesto e as transações comerciais inexistentes. Não havia nenhuma casa estrangeira de arte e intercâmbio cultural, ou indústria. Mas o principal motivo era a questão hidrográfica, por situar-se no fundo do Rio Paramopama com dependência de marés e dificuldades para navegação, com marés baixas que não permitiam nem o fluxo de canoas, muito menos a construção de um porto. São Cristóvão, apesar do romantismo colonial com belos casarios e sobrados, calçadas de pedras portuguesas e mosaicos de azulejos nas fachadas, era o lugar menos próprio para ser capital de uma província que crescia e se moldava aos tempos modernos. A escolha de novo local - Uma cidade Mangue beat. No povoado de Santo Antônio do Aracaju já existia uma escola e uma capela - o templo religioso mais antigo de Aracaju.
Inácio simpatizava com esta opção, mas apresentou duas alternativas aos deputados. Na primeira, a capital sergipana passaria a ser na Barra dos coqueiros, na época pertencente ao município de Santo Amaro das Brotas. Situada na margem esquerda do rio Sergipe, possuía boa localização mas existia um clima ardente e poucas nascentes de água potável. A segunda opção era o povoado de Santo Antônio na margem direita do mesmo rio, com fartura de água e tendo ao fundo o fértil município de N. Sra. do Socorro. Inácio era um homem inteligente e através de relatórios, ingenuamente tendenciosos, conseguiu a simpatia de alguns parlamentares. O presidente convocou uma sessão extraordinária que pegou os deputados de surpresa. No dia 02 de março de 1855, a Assembléia Legislativa da Província foi convocada para uma sessão em uma das poucas casas que existiam na praia do Aracaju. O projeto era a elevação do povoado Santo Antônio à categoria de cidade e, automaticamente, capital. A perplexidade dos deputados foi tão grande que muitos votaram a favor e só perceberam exatamente do que se tratava quando no término da sessão se depararam com a paisagem exuberante das praias do Aracaju, os areais, brejos e manguezais e não conseguiam compreender como um lugar pantanoso e desabitado se tornaria a capital da província. A estratégia ardilosa de Inácio já havia sido alinhavada no ano anterior quando transferiu para o povoado de Santo Antônio do Aracaju a alfândega, a Mesa de Rendas Provinciais e mandou construir uma agência do correio e uma sub delegacia de policia. Após todas essas manobras políticas nada mais poderia impedir a marcha do projeto, e em 17 de março de 1855 a Lei é sancionada. Foi um alvoroço, uma verdadeira subversão política, econômica e social. Aracaju já nasceu capital. Esta ousadia é uma das marcas da cidade que perdura até os dias atuais. Um tabuleiro de xadrez. O plano urbanístico de Aracaju desafiou a capacidade da engenharia da época. A cidade foi implantada numa área de pântanos e charcos. O desenho urbano foi elaborado por uma comissão de engenheiros, tendo como responsável Sebastião 8asilio Pirro. Pirro elaborou um plano de alinhamento. Dentro de um quadrado de 540 braças, ou seja, 1.188 metros, estavam traçados quarteirões iguais, de forma quadrada, com 55 braças de largura, separados por ruas de 60 palmos. Era a simplicidade e o rigor geométrico. Esta primeira concepção só feria seus limites extrapolados após cinqüenta anos, quando a população menos abastada começou a pular o "quadrado de Pirro". Alguns estudos a respeito de Aracaju propagaram a idéia de que o plano da cidade havia sido concebido a partir da implantação dos modelos de vanguarda na época - Washington, Chicago, 8uenos Aires. O centro do poder político - administrativo, (atual praça Fausto Cardoso) foi o ponto de partida para o crescimento da cidade. Todas as ruas foram arrumadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII, adaptavam-se às condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs-se a essa irregularidade e Aracaju foi no Brasil, o primeiro exemplo dessa tendência geométrica. Nem tudo são flores. Como era de se esperar, a Câmara de São Cristóvão protestou e fez muito barulho. Reclamou ao presidente da província, ao Governador Geral do Brasil, ao trono de Portugal, só faltou o Papa, mas nada adiantou. Após muitas lutas e discussões a mudança foi aceita. O primeiro ano.
O que estava por vir abalaria os alicerces da cidade em construção. No ano de 1856 dois duros golpes afetaram o andamento das coisas: a morte de Inácio, o idealizador, e a epidemia de cólera que assolava o Brasil. A sorte da jovem capital estava lançada. Se outras cidades que já contavam com o funcionamento de todos os órgãos, inclusive hospitais públicos, sofreram, imaginem a tragédia na praia do Aracaju, pois para começar, faltava a cidade. O mais inexplicável é o fato de uma série de acontecimentos negativos não terem provocado uma reação em cadeia nos moradores, o que seria facilmente alimentada pelos inimigos da nova capital, já sem seu principal defensor. Paradoxalmente, a morte de Inácio Barbosa e a epidemia de cólera salvaram a cidade. Não se podia duvidar da força e da resistência de um organismo que, recém-nascido, conseguiria sobreviver a tão duras provações. Era a prova de que Aracaju seria uma cidade de gente que não se deixa abater e que está sempre disposta a recomeçar, a ressurgir das cinzas, como Fênix.
A carência de materiais e a falta de operários qualificados na construção civil foi outro problema grave. As conseqüências disto poderiam ser hilárias se não fossem perigosas - o telhado da Mesa de Rendas ruiu, as paredes do quartel desaprumaram e as bicas do Palácio do Governo despejavam água para dentro do edifício, sem citar os prejuízos maiores e os sustos de alguns moradores. Mas nada poderia impedir o desejo daquelas pessoas. As primeiras décadas. Somente em 1865 a cidade se firmou. Era o término de uma década de lutas contra o meio físico e contra as pessoas que não eram a favor do grande sonho. A partir desta data ocorre um novo ciclo de desenvolvimento, que dura até os primeiros e agitados anos após a proclamação da república. Em 1884 surge a primeira fábrica de tecidos, marcando o inicio do desenvolvimento industrial. A resolução 568 de 4 de janeiro de 1864 expandiu os limites do município. Em junho de 1886, Aracaju já possuía uma população de 1.484 habitantes, já havia a imprensa oficial além de algumas linhas de barco para o interior. Um único médico, também professor, Pedro Autran da Mata, atuava legalmente na capital. Nos anos seguintes outros profissionais liberais vieram, oriundos principalmente das faculdades da Bahia, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1900 inicia-se a pavimentação com pedras regulares e são executadas obras de embelezamento e saneamento. Os bondes de burro chegam em 1908 e em 1926 são substituídos pelos bondes elétricos. É a modernidade chegando e Aracaju tinha que aderir aos novos inventos. As principais capitais do país sofriam reformas para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Aracaju, que já nasceu vanguarda, acompanhava e em 1908 é inaugurado o serviço de água encanada, um luxo para a época. Em 1914 é a vez dos esgotos sanitários e no mesmo ano chega a estrada de ferro. A comunicação entre o povoado que deu nome à cidade e a cidade em si, foi dada através da construção da Estrada Nova. Em 1922 a estrada é denominada Avenida Independência e em 1933 rebatizada com o nome de Avenida João Ribeiro. Bairros periféricos como o Siqueira Campos surgiam para abrigar as pessoas vindas do interior, era o êxodo rural provocado pela grande seca ou pelas perseguições de Lampião aos rivais políticos. Esta fuga foi o primeiro fenômeno geográfico de diferenciação social em Aracaju. As terras de maior valor comercial faziam fronteira com o rio Sergipe - era a rua da frente, atualmente Av., lvo do Prado, mas a rua ltabaiana vai se tornando aos poucos o logradouro preferido da classe dominante. A chegada da Petrobrás. Aracaju entraria em um novo ciclo de desenvolvimento a partir de 1963. A recentemente criada Petrobrás chegava á cidade após a descoberta de petróleo no subsolo e plataforma marítima. O modo de vida da cidade começaria aos poucos a mudar. A renda per capita de população crescia rapidamente e o padrão de vida também, fazendo surgir uma legião de consumidores exigentes, obrigando os prestadores de serviços a acompanhar esta evolução. A descoberta de um novo destino.
Aracaju já se encontrava estabilizada nos anos 70. Cidade de porte médio, sem problemas de segurança nem infra-estrutura, boa densidade demográfica, belas praias e um povo simpático e de bem com a vida. Alguns turistas acidentais começavam a aparecer, muitos desembarcavam na cidade por curiosidade e acabavam ficando - há vários casos de estrangeiros morando em Aracaju após uma paixão arrebatadora pela cidade. O turismo não era explorado profissionalmente e somente em 1977 é criada a EMSETUR - Empresa Sergipana de Turismo. Até o início dos anos 80 pouca coisa havia sido feita em prol do desenvolvimento do turismo sergipano, mas uma grande guinada estava para acontecer. O governo despertou para a grande indústria e as obras de infra-estrutura turística começaram a ser realizadas. Aracaju recebeu hotéis de nível e teve sua Orla na praia de Atalaia construída, hoje, o mais importante cartão-postal da cidade; rodovias foram implantadas para facilitar o acesso ás praias dos litorais sul e norte; outros equipamentos turísticos foram instalados e um grande trabalho de catalogação das potencialidades foi leito, aliado á divulgação nos principais veículos do pais. Após todo este trabalho, Aracaju vai se consolidando como destino turístico - cidade caprichosa, vaidosa e acima de tudo, ousada. Curiosidades.
O primeiro carnaval em Aracaju foi realizado em 1894. Pequenos grupos de foliões saíram ás ruas fantasiados, cantando ao som de instrumentos de percussão. Ninguém, naquela época, poderia imaginar que o carnaval brasileiro, cento e quatro anos depois passaria a ser oficialmente aberto em Aracaju. O PRÉ-CAJU se consolida como a maior prévia carnavalesca do Brasil e integra o calendário internacional de eventos da Embratur. Coisas de Aracaju!
A manifestação religiosa que agrega multidões há muitos anos é a procissão fluvial do Bom Jesus dos Navegantes, sempre realizada no dia 1° de janeiro no estuário do rio Sergipe. A primeira procissão data do ano de 1857. A tão falada praia do Aracaju, segundo referências dos jornais de 1855, designava a atual praia do Bairro Industrial, local onde ocorreu a sessão extraordinária da Assembléia que aprovou a mudança. Aracaju vem da língua Tupi e significa "cajueiro dos papagaios". Outras versões existem, sendo esta a mais aceita.

terça-feira, 17 de maio de 2011

VISITA AOS MUSEUS EM SÃO CRISTOVÃO

AVISO IMPORTANTE

Caros alunos do colégio múltipla escolha da turma do ensino médio – noite.
No dia 29 deste mês de maio, as 13:00 estaremos realizando o nosso trabalho de pesquisa aos museus em são Cristóvão .
Será a nossa ultima atividade, com todos vocês. Pois se encerra assim esse modulo.
Desde já antecipo os meus sinceros agradecimentos a todos vocês meus ilustríssimos alunos
Que compartilharam juntamente a mim de um conhecimento Histórico, embora rápido e enriquecedor.
Foi uma grande satisfação da minha parte, poder compartilhar minhas experiências com vocês.
Vocês são vencedores e acredito em todos vocês, e sei que irão longe. Não armazenando seus conhecimentos na gaveta, mas colocando em pratica a cada dia.
Certo de contar com a presença de todos desde já agradeço a presença e colaboração de todos.
Atenciosamente. Diógenes Rocha__
Professor História

sábado, 7 de maio de 2011

ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL - RESUMO

Resumo da História da escravidão no Brasil, escravos no Brasil Colonial


Escravos trabalhando num engenho de açúcar ( Debret)

Resumo

- A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste.

- Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII.

- Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas.

- A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos.

- O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem.

- Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias.

- Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida.

- As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade.

- Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura.

- A escravidão só acabou no Brasil em 1888, após a decretação da Lei Áurea.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA - O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL (Resumo)

História da Abolição da Escravatura no Brasil, os abolicionistas, Resumo, Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel em 1888,
a questão da escravidão no Brasil Império.


Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea

Contexto Histórico

No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.

Como era a escravidão no Brasil

Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta.

Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.

O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão

Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.

A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos lentamente.

A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.

No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.

Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país.

GUERRA DO PARAGUAI

História da Guerra do Paraguai, as causas do conflito, a derrota do Paraguai de Francisco Solano Lopez


Batalha durante a Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.

Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.

Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.

Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

Conclusão: Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

IMIGRAÇÃO NO BRASIL - OS IMIGRANTES

Saiba mais sobre a História da Imigração no Brasil, influência dos imigrantes, imigrantes italianos no Brasil, imigrantes alemães no sul do Brasil, imigração japonesa, espanhola


Imigrantes chegando de trem na Hospedaria dos Imigrantes (São Paulo-SP)

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida.

Podemos considerar o início da imigração no Brasil o ano de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Porém, a imigração intensificou-se a partir de 1818, com a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para cá durante a regência de D. João VI. Devido ao enorme tamanho do território brasileiro e ao desenvolvimento das plantações de café, a imigração teve uma grande importância para o desenvolvimento do país, no século XIX.

Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil.

Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.

Todos estes povos vieram e se fixaram no território brasileiro com os mais variados ramos de negócio, como por exemplo, o ramo cafeeiro, as atividades artesanais, a policultura, a atividade madeireira, a produção de borracha, a vinicultura, etc.

Nos dias atuais, observamos um novo grupo imigrando para o Brasil: os coreanos. Estes não são diferentes dos anteriores, pois da mesma forma, vieram acreditando que poderão encontrar oportunidades aqui que não encontram em seu país de origem. Eles se destacam no comércio, vendendo produtos dos mais variados tipos (alimentos, calçados, vestuário, acessórios até artigos eletrônicos).

Embora a imigração tenha seu lado positivo, muitos países, como por exemplo, os Estados Unidos, procuram dificultá-la e, sempre que possível, até mesmo impedi-la, para, desta forma, tentar evitar um crescimento exagerado e desordenado de sua população. Cada vez mais medidas são adotadas com este propósito e uma delas é a dificuldade para se obter um visto americano no passaporte.

Conclusão: O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.

Curiosidade: Em 2008, completará 100 anos da imigração japonesa no Brasil.

GUERRA DOS EMBOABAS

Por volta do final do século XVII, no período colonial, os paulistas que residiam na capitania de São Vicente encontraram ouro no sertão. Este fato fez com que muitos garimpeiros e portugueses fossem para aquela região.

Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em que viviam.

Entretanto, os forasteiros pensavam e agiam diferentemente; estes, por sua vez, eram os chamados emboabas. Os emboabas formaram suas próprias comunidades, dentro da região que já era habitada pelos paulistas; neste mesmo local, eles permaneciam constantemente vigiando todos os passos dos paulistas. Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana.

Dentro desta rivalidade ocorreram muitas situações que abalaram consideravelmente as relações entre os dois grupos. Os emboabas limitaram os paulistas na região do Rio das Mortes e seu o líder foi proclamado "governador". A situação dos paulistas piorou ainda mais quando estes foram atacados em Sabará.

Após seu sucesso no ataque contra os paulistas, Nunes Viana foi tido como o "supremo ditador das Minas Gerais", contudo, este por ordem do governador do Rio de Janeiro, teve que se retirar para o rio São Francisco.

Inconformados com o tratamento que haviam recebido do grupo liderado por Nunes Viana, os paulistas, desta vez sob liderança de Amador Bueno da Veiga, formaram um exército que tinha como objetivo vingar o massacre de Capão da Traição. Esta nova batalha durou por uma semana. Após este confronto, foi criada a nova capitania de São Paulo, e, com sua criação, a paz finalmente prevaleceu.